Calavam-se as Estrelas na Mágoa daquele Inverno, Luís Serrano
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É longo e curto o caminho que medeia entre o crime e o perdão. Esta frase é o que resta de uma reflexão feita pelo autor a partir de uma das obras mais notáveis da história da literatura: Crime e Castigo de Fiódor Dostoiévski.
Acredita o autor que em cada um de nós há um Raskólnikov (os pequenos crimes que, normalmente, não chegam a acontecer, os arrependimentos por vezes tardios, os castigos que a vida nos vai pregando e aquilo que mais dignifica o género humano: a capacidade de perdoar).
A literatura, ao introduzir-se neste complexo, transmite ao leitor a sua visão humanista do mundo e com isso terá atingido um dos seus objectivos mais nobres.
DE QUE OUTRAS ÁRVORES
Não as toca o crime
nem a solidão
só o verde abrange
as frases na escrita das folhas
o rumor breve
dos cloroplastos
a cinza adiada
para outro verão
porque as árvores
são o início de tudo
nelas se arruma o espírito
se encontra o repouso
a ligação à terra
e ao céu
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