O Mistério da Légua da Póvoa, Agustina Bessa-Luís
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1ªedição em livro. Antes, foi publicada em folhetim no jornal «O Independente» entre Maio de 2001 e Maio de 2002.
Na contra capa: «O folhetim, de que os intelectuais fizeram alvo de troça complacente e os académicos julgaram o vaudeuille das letras, foi género a que não faltou a nobreza do estilo e a fecundidade da imaginação. No Diário de Notícias foi publicado em 1870 O Mistério da Estrada de Cintra, trabalho a duas mãos, Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão. O meu amigo Freirão das Forças dizia que esse folhetim não tinha comparação com o que ele chamava O Mistério da Légua da Póvoa […] o caminho entre Póvoa e Vila do Conde que ele muito percorreu na irrequieta idade dos treze anos, quando ia com a família a banhos e explorava os lugares ventosos entre Caxinas e A-Ver-o-Mar, lugares que são ficheiro da juventude quando ela serve de brasão à triste realidade.
Sidónio Pais era amado por mais de metade das mulheres elegantes de Lisboa, e a sua morte, se abriu uma crise política, fechou muitos dilemas conjugais.
Mas o rapaz era iluminado de sonhos em que as letras tinham lugar. Passou quatro anos depois de lidar com verguinha e parafusos, para a loja doutro comerciante, José Anastácio Verde, o pai de Cesário Verde. Encontravam–no cada passo a ler, muito alheio aos fregueses e ralado de má-consciência. «Não nasci para vender pregos», dizia [Eduardo Coelho, futuro fundador do Diário de Notícias].
Nos famosos encontros de quarta-feira à noite, em casa de Freud, Maria Adelaide seria bem recebida.
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